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#contrastes O Dia de Ashura

Oi gente!

Faz algum tempo que não posto por aqui, com as demandas do dia a dia que incluem o projeto incrível da Schwab&ByMyHands (nadiaschwab.bymyhands), minha mais nova paixão chamada Snapchat onde troco informações diariamente com vocês e mais outras novidades, tem sido mais difícil manter uma frequência de posts por aqui. Mas…estou reorganizando tudo para estar de volta por aqui também com muuuita coisa legal!

Por falar nisso, que tal aprender um pouco mais hoje sobre mais um dia especial para os muçulmanos e, portanto, para a cultura árabe? Como vocês sabem, a partir do momento em que você vive em país diferente do seu, não importa se é ocidental ou não, todas as características da cultura passam a ser essenciais para que você possa conviver um pouco melhor e aprender como as coisas funcionam. No caso do Oriente Médio, por exemplo, o calendário é quase todo regido pela religião islâmica, por isso, todos os feriados em a ver com algum mandamento que se encontra no alcorão ou está relacionada a ordenanças de reverência e adoração Alá.

Aliás, eu descobri esse feriado em especial de uma maneira super despretenciosa, já que passando pela fronteira para o Bahrain, percebi que o trânsito era consideravelmente menor (o trajeto levou apenas 5 minutos!) e que não havia muitas pessoas na rua. Fiquei curiosa e perguntei a alguns amigos que me explicaram que se tratava do dia da Ashura, em meio à tantas informações diferentes, algumas inclusive, que compartilhei com vocês via snap, resolvi estudar um pouco melhor e fazer um post mais detalhada sobre essa festa que levanta tanta polêmica. Ah, se eu colocar algum dado incorreto aqui, você pode me corrigir, viu?

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Pois bem, o dia da Ashura é o décimo dia do Muharram no calendário islâmico, que marca o clímax da reflexão do Muharram. Ele é celebrado pelos muçulmanos xiitas como o dia do martírio de Husayn ibn Ali, neto do profeta Maomé, na Batalha de Karbala, que aconteceu no 10º dia do Muharram do ano 61 do calendário islâmico (2 de outubro de 680 DC). De acordo com a Suna, Maomé jejuou neste dia e pediu a outras pessoas que fizessem o mesmo. O interessante é que os muçulmanos sunitas também celebram o dia, tido como o dia que Moisés jejuou em gratidão a Deus pela liberação dos judeus do Egito.

Para xiitas, a comemoração do Ashura não é um festival, mas sim um acontecimento triste, enquanto os muçulmanos sunitas o vêem como uma vitória que Deus deu a Moisés. Esta vitória é a razão, como muçulmanos sunitas acreditam, que Muhammad tenha recomendado jejum neste dia. Já para os muluçmandos xiitas, é um período de intensa angústia e luto. Homens de luto se reúnem em uma mesquita para expressar pêsames, fazer citações poéticas como Marsiya, noha, latmiya e soaz realizados em memória do martírio de Husayn, lamentações e luto ao som melodia batida por tambores e gritos de “Ya Hussain!” Sermões também são dados com temas acerca da personalidade de Husayn e posição no Islã, e a história de sua revolta.

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Já para os mulçumanos sunitas, kejuar no dia 10 de Muharram, conhecido como o Dia de Ashura, expia os pecados do ano anterior. Não relacionados a Ashura e Karbala, alguns muçulmanos sunitas jejuam neste dia de Ashura baseado em narrativas atribuídas a Maomé. Alguns outros sunitas aceitar Ashura como um dia significativo devido ao martírio de Imam Hussein eo significado dos acontecimentos em Karbala. O jejum é para comemorar o dia em que Moisés e seus seguidores foram salvos do Faraó por Deus, criando um caminho no Mar Vermelho.

Apesar de ser proibida em várias linhas de raciocínio islâmicas, a autoflagelação também tem sido a marca do dia da Ashura em algumas tradições xiitas. Sofrimento e cortar o corpo com facas ou correntes (Matam) foi proibido pelo xiita Marja ‘Ali Khamenei, líder supremo do Irã e do Hezbollah no Líbano, mas ainda é praticado em Bangladesh e na Índia. Já outros Marjas como Mohammad al-Husayni al-Shirazi promovem rituais de flagelaçãos sanguíneas como uma maneira de preservar a revolução de Imam al-Husayn.

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Certos rituais de flagelação como Talwar zani usam uma espada, enauqnato outros como Zanjeer zani ou Zanjeer Matam envolvem o uso de um Zanjeer (uma cadeia com lâminas). Como as imagens desses eventos não são tão agradáveis assim, vou poupar vocês e colocar só essa mesmo para que vocês tenham uma ideia do que acontece nesse dia. Lembrando que não estamos aqui para julgar, afinal, o feriado de Ashura é um desses dias em que o país interior praticamente pára em respeito a comemoração de um fato histório super importante para a religião islâmica.

Viver fora do seu país de origem implica em respeitar as diferentes culturas, costumes e maneiras de enxergar a vida! Você tem alguma curiosidade sobre a minha rotina aqui na Arábia Saudita ou sobre a cultura do Oriente Médio?Deixa a sua dúvida nos comentários! Quem sabe não vira um post bem legal por aqui?

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