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#contrastes As crianças na Arábia Saudita

Olá!

Hoje é dia de post mostrando um pouquinho dos contrastes que aprendi a observar nesses pouco mais de 5 anos morando na Arábia Saudita. Já compartilhei algumas curiosidades com vocês sobre como é a vida e os direitos das mulheres aqui no país e, recentemente, fiz um outro post mostrando um pouquinho das regras e instruções que se aplicam também aos homens sauditas. (Você pode ler clicando aqui)

Hoje quero mostrar para vocês, também de uma maneira resumida é claro e com todo respeito, como que também as crianças são vistas e tratadas no contexto da Arábia Saudita que, por sua vez, é altamente influenciado pelos princípios do islamismo. Vamos conhecer um pouquinho mais dessa cultura tão rica?

1 – O valor da chegada da criança e instruções

O alcorão, livro sagrado do islã, orienta os muçulmanos em todos os aspectos da vida, portanto não seria diferente em relação à educação dos filhos. Para garantir à criança uma série de direitos, os pais são orientados a observar uma atitude correta mesmo antes dos filhos nascerem! Ah, mais uma coisa interessante, logo após o nascimento da criança, o primeiro procedimento é lhe dar um banho e vesti la. Depois disso, a mensagem sobre a unicidade de Allah e da profecia de Maomé (que a Paz e a benção de Deus esteja com ele) deve alcançar a criança e para isso, a Adhan ( a chamada para a oração no Islam) é repetida várias vezes no seu ouvido direito. Durante a gravidez a mãe deve observar cuidadosamente os alimentos e substâncias que ingere e que possam prejudicar o bebê e após o nascimento é obrigatório para a mãe muçulmana amamentar seu bebê até os 2 anos de idade!

Outra coisa, antes do bebê comer qualquer coisa, um integrante respeitado da família, geralmente não o pai ou mãe, passa um pedaço de tâmara macia no palato superior do bebê. Este ritual é feito na esperança de transferir atributos positivos do integrante da família para o filho. Na falta de tâmaras, pode-se usar mel também.

2 – Nada de ocidente!

Os sauditas, a partir da instrução do Islã, são extremamente cuidadosos no que se diz respeito a instrução e educação das crianças. É tido como uma obrigação dos pais proteger seus filhos do perigo e de conceitos e idéias negativas que possam afetar seu caráter ou personalidade, veiculados principalmente através de televisão, influência na escola, nas ruas ou até outro meio qualquer. Tudo para fugir de qualquer influência ocidental que eles considerem prejudicial ao crescimento da criança.

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3 – Chegou a hora

Quando se chega aos 7 anos de idade, que é chamada no Islã de “idade de Tamiz” ou idade da distinção ou discernimento, a criança muçulmana é ensinada a fazer suas orações e aprende conceitos básicos de certo e errado, como o ensinamento que caluniar alguém é “haram” (ilícito), além de outros princípios fundamentais da religião. Aliás, a criança saudita precisa receber um nome islâmico e adequado, de preferência até o sétimo dia de vida. A escolha de um bom nome deve ser feita com a “nyia” (intenção) de que a criança seja abençoada com as bênçãos relacionadas ao nome. Mais ou menos como nós, ocidentais fazemos quando escolhemos os nomes dos nossos filhos e vamos logo na lista de significados saber se trata de boas características ou não. É proibido escolher nomes vinculados a “shirk” (idolatria), que vinculem o prefixo “Abd”, que significa “servo de” e outros nomes que não sejam os nomes e atributos de Deus e também adotar nomes pomposos ou que indiquem uma auto-glorificação.

Da mesma forma não se deve adotar um nome composto de um nome islâmico, que é em geral em árabe, associado ao nome de um personagem de novela ou jogador de futebol favorito, por exemplo. Então, não é nada provável você encontrar crianças que se chamam Neymar, Pelé ou qualquer título de astros do futebol.

4 – Educação e Escolas

Meninos e meninas só estudam juntos no primeiro grau, que vai até os 12 anos de idade. Durante o período do ensino médio e faculdade, eles deverão ir para colégios e faculdades distintas para homens e mulheres. Esse tipo de separação já começa a ser feito logo cedo para que, no futuro, eles já possam ir entendendo a necessidade de alocação de espaços diferentes para um e para outro e assim, fazer com que as tradições no que se diz respeito ao trato com a mulher e a pureza islâmica sejam devidamente observadas!

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Outra realidade que convivo por aqui é com o fato de até as escolas dentro do condomínio tomam esse cuidado de separação entre o ensino ocidental laico e o muçulmano. Apesar do compound ter sido originalmente construído para que apenas estrangeiros pudessem morar em lugar com menos regras, com o passar do tempo, vários sauditas têm se mudado para cá em busca de qualidade de vida e segurança. Por isso, a população de crianças sauditas também começou a crescer e existem escolas construídas só pra elas, para que não haja, na visão islâmica, uma espécie de contaminação com os ensinamentos que não levam influência da religião. Na foto abaixo, estão os meus dois amores na porta da escola internacional que fica no compound.

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Na Arábia Saudita, é muito comum ver as meninas já com versões menores da Abaya e Hihab e os meninos usando as típicas roupas muçulmanas também, afinal, para eles. O ensino da moral e ética do islã deve começar bem cedo!

Quer mais posts da série #contrastes ou tem alguma dúvida? Deixa nos comentários! Vou amar saber a sua opinião.

Beijo!

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Fontes (Dados):

http://www.dhnet.org.br/

http://www.ehow.com.br

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